2.9.10

Green Race


Uma das coisas que eu mais gosto de fazer, é participar de competições em locais que eu não conheço. Ou se conheço, gosto quando chego ao lugar, e logo percebo que algumas coisas mudaram para melhor.
No último domingo, aconteceu aqui em Jundiaí uma ultramaratona (50 km) Green Race (www.greenrace.com.br), em um percurso sem praticamente nenhum asfalto. Tanto é, que o lema da prova diz: "A Corrida Fora do Asfalto". Havia um pequeno pedaço de asfalto perto do retorno dos 25 km, que na verdade não dá para ser levado em consideração.
Mesmo a corrida tendo acontecido no "quintal de casa", eu não conhecia esse percurso. A Serra do Japi é um lugar lindíssimo, com muita mata e uma tranquilidade incrível. Passo muitos dos meus finais de semana por lá e muitas vezes o 'barulho' que o silêncio faz, chega a incomodar.
Eu acabei não participando da corrida, pois estou com uma lesão no calcanhar direito que ameaça 'subir' para o tendão.Corri 30 km bem de leve e, mesmo assim, quase estourei a outra perna, pois jogava o peso para o lado esquerdo, tentando evitar que aumentasse a dor no calcanhar. Tudo isso fruto de uma vontade incontrolável que tive em voltar 20 anos no tempo e andar de skate. Muito provavelmente terei que abandonar mais esse esporte. Afinal, não tenho mais os 16 anos que tinha quando andei pela última vez.
Voltando à competição, por ter sido a primeira, podemos considerá-la boa. Havia a categoria solo 50 km (masc./fem.), 10 km (masc./fem.), caminhada de 5 km e o revezamento dos 50 km. Pelos relatos que ouvi ao final, o único problema existente, foi uma falha na hidratação nos 50 km solo. Os 4 primeiros colocados ficaram sem água justamente no trecho mais difícil do percurso e ao questionarem alguém da organização do porque da falha, ouviram que não era esperado que eles chegassem tão rápido ao local. Lamentável, para dizer o mínimo. Felizmente, essa falha não prejudicou o desempenho do pessoal.
O vencedor fechou a prova em 3horas e 51 minutos, fazendo um pace de 4'27"/km. Fernando Beserra da Silva, de 28 anos, é gari e disse que até fica fácil correr, pois o treino é o trabalho e vice-versa.
No feminino, quem ganhou foi Maria Cláudia Ferreira Souto, de 38 anos, e fechou a prova em 5h15' (pace de 6'17"/km).
Conversando com alguns dos participantes dos 50 km solo, fiquei surpreso ao ouvir que o percurso da prova Bertioga-Maresias é 'fichinha' perto desse. Realmente, a Serra do Japi - assim como toda serra - é um local de um sobe-desce interminável. Fica aí a dica para quem quiser treinar para ultramaratonas, ou mesmo para provas mais duras que sejam fora do asfalto. E que a BrasilWild continue organizando e realizando essa prova em outras oportunidades.

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