15.1.10

O gato subiu no telhado




No meio desta semana, enquanto eu acompanhava a rádio Band News FM, ouvi de uma das colunistas da rádio - se não me engano, ela se chama Inês de Castro - uma expressão que, a princípio, me assustou: heteroflexível!
A definição dessa nova "tribo" é de que são jovens entre 25 e 35 anos, que beijam outras pessoas do mesmo sexo, mas não são gays.Hein?!
Foram poucos segundos para eu passar do susto à gargalhada. Isso é péssimo! Tucanaram o bissexual! - diria o Zé Simão.É um fato que chega a ser semelhante à declaração que o ex-presidente norteamericano Bill Clinton deu certa vez, dizendo que fumou maconha, mas não tragou! Tá bom! Um cara beija o outro, mas não é gay!? Me dá um LSD que eu quero ficar careta.
Se a heteroflexibilidade (será que ainda vou ser obrigado a ouvir essa expressão constantemente?) fosse praticada por adolescentes, eu até entenderia. Mas algo assim, vindo de um público que está dentro de uma faixa etária que, quase que por obrigação dos dias atuais, já deveria estar mais do que amadurecida - e definida - sexualmente (e não só sexualmente), isso me parece covardia de quem tem uma outra opção sexual e não tem coragem para assumir.Aí, faz como aquela 'piada' que diz que o gato que subiu no telhado (http://www.osvigaristas.com.br/piadas/casal/subiu-no-telhado-318.html). Ou seja, vai saindo do armário aos poucos.
É mais digno assumir que é bi ou homossexual do que ficar com essa ladainha de flexibilidade. Bom, cada um com seus problemas.
Eu ainda sou do tempo que flexibilidade era conseguir dar uma rapidinha no banco de trás de um Fusca.

11.1.10




Na minha primeira semana de treinos, já com o pensamento todo no dia 30 de maio – ou seja, pensando 20 semanas a frente – o resultado não foi dos melhores. Bicicleta de treinos quebrada, apenas um treino de natação e uma dificuldade enorme para encaixar os treinos de corrida. Treino na estrada, apenas um. E, mesmo assim, foram apenas 65 km com uma bicicleta que nem vou citar. Não adianta ter uma Cervélo P3, se você não tem pernas. Não que eu as tenha. Mas também não me importo em pedalar com uma Barraforte e fazer muito mais força para conseguir uma média de 30,8 km/h. Depois disso, se eu subisse na minha bicicleta de competição (TT) nesse final de semana, com certeza eu faria um treino longo de qualidade. Mas não deu. Terei que tirar alguns coelhos da cartola para poder treinar nos finais de semana em que fico com meu filho. A saudade que sinto dele durante a semana é incomparavelmente maior do que o amor que eu tenho pelo triatlo. Mas com um pouco de disciplina e determinação, tudo vai dar certo até lá. Quando não der, a bike de spinning vai sofrer nos meus pés. É o jeito.

Quem disse que vida de triatleta amador é fácil?


Abaixo, um resumo, em horas ou minutos, do que acumulei de treino esta semana:

Natação : ridículos 60 min. ou 2.600 m rodados;

Bike: 7 horas e cinco minutos no total. Sendo que a única coisa de qualidade foi o treino descrito acima. O resto, rolo ou spinning.

Corrida: 4 horas e cinco minutos. Os melhores treinos foram: 4ª-feira, 8x1kmx1’(trote muito leve). E domingo um longo de 21,5 km para 5’/km. (total de 1h45’).

Fui.

7.1.10

Caranguejos




Dando uma olhada em todos os sites de notícias hoje, ví uma - a da invasão de 100 milhões de caranguejos em migração em um ilha australiana - que me fez lembrar uma história curiosa de um amigo.
Ele ainda morava no litoral sul de São Paulo, mais precisamente em Peruíbe. Casado há pouco mais de dois anos, todo sábado pela manhã ia encontrar os amigos para uma pelada na areia. Futebol. Nada de peitos de fora.Isso, infelizmente, não é comum por aquelas bandas.Não que eu saiba.
O futebol que se iniciava lá pelas 10 hs, terminava no máximo 12 hs.Na sequência, só cerveja, caipirinha e petisco. No máximo às 14 hs ele já estava em casa almoçando junto da esposa. A frequência no futebol era assídua, mas isso começou a mudar depois de uns 4 ou 5 meses.O cara passou a chegar para o almoço mais do que prá lá de Bagdá.Ou de Ubatuba. A esposa, caseira até demais, com razão começou a achar ruim. O pior é que o sujeito chegava estragado, dormia a tarde toda e, muitas vezes, só acordava no dia seguinte. Azedo ainda por cima!
A esposa tentou, com ameaças, digamos, vazias, a deixá-lo caso isso não mudasse.
Foram mais umas 3 ou 4 semanas nesse ritmo.Foram muitas as brigas,  os finais de semana perdidos, caras amarradas, dias sem se falar. Até que numa bela sexta-feira, ao chegar do serviço, a esposa dispara : - Se você for jogar bola amanhã, quando voltar, suas malas estarão prontas!
Ele ainda pensou: - por que as minhas malas? Naquele momento era bom ficar quieto, pois ele sabia que já havia passado dos limites. Ela estava sendo compreensiva até demais. Para tentar se refazer e salvar o que ainda restava do casamento, de bate pronto, disse à esposa que no dia seguinte faria uma caranguejada para ela. Como se tivesse esquecído de tudo de um segundo para o outro, ela o abraçou perguntando se era verdade. A melhor que você já comeu - exclamou meu amigo.
No dia seguinte, 10 hs da manhã, tomou um banho, deu um beijo na esposa dizendo que dentro em breve estaria de volta.
Ao dobrar a primeira esquina, se lembrou que para chegar na casa do pescador que vendia os melhores caranguejos da cidade, tinha que passar em frente ao quiosque onde rolava a pelada. E agora? Pensou o sujeito. Bom, vou acenar de longe e seguir no meu destino. Nada nem ninguém pode me fazer fraquejar. E lá se foi. Ao o avistarem, não deu outra. Acenos, assobios, chamadas, provocações. Nada fez com que ele mudasse de ideia. Chegando na casa do pescador, escolheu os 15 melhores caranguejos - vivos, é claro! - pagou e, de tão feliz que estava, até se esqueceu que teria que passar de volta em frente ao futebol. Chegando perto, recomeçaram as tentativas de presuadí-lo. Mais uma provocação aqui, outra ali e o homem foi fraquejando. Pensou um pouco à respeito. Analisou o horário e viu que ainda tinha tempo de sobra. Uma cerveja não vai atrapalhar a vida de ninguém e ainda vai me abrir o apetite - pensou de novo. Conversa vai, conversa vem, já tinham ido uma dúzia de cervejas e uma caipirinha. E o pior é que já havia saído de casa há pelo menos 2 horas. Os amigos já estavam oferecendo a garagem de casa até que ele encontrasse um novo local para morar. Os que tinham mais coração, ofereceram o sofá da sala. Até que ele deciciu encarar o problema.Pegou o saco com os caranguejos e se foi. Já bem mais alterado e com o cheiro característico de caipirinha impregnado na face, andava e pensava numa desculpa. Poderia ser a mais esfarrapada possível, mas precisava de uma.
Ao chegar, viu a porta da frente aberta, deu uma esticada no pescoço e viu 3 malas prontas bem perto da porta e logo ao lado, conseguiu ver a pernas de sua esposa cruzadas e o pé que estava cruzado, balançando impacientemente.
Ele rapidamente jogou os caranguejos no chão enquanto a esposa, vermelha e já espumando, saía de casa e vinha em sua direção. Ela parou, olhou para os caranguejos, olhou para cara do marido que, mais do que ligeiro, começou a cercar os caranguejos enquanto falava: - Chegamos, pessoal! Foi difícil, mas podem entrar que a casa é essa.  

5.1.10

Vida regrada?

Comecei escrevendo sobre treinos, ironman, mentalização e etc. Para quem conhece um pouco um triathleta, sabe que a vida que nós levamos tem que ser regrada. Óbviamente, não é sempre assim. Todos nós - triathletas ou não - cometemos nossos, digamos, deslizes.Meu passado então, me condena. Porém, em alguns setores da vida, há seres humanos que, por regra, conduta, profissionalismo ou mesmo pela moral, não devem cometer deslize algum. E os clérigos são os que mais deveriam seguir à risca o que os indivíduos pertencentes à classe eclesiástica pregam ao longo dos séculos. Mas sabemos que não é bem assim. Ao ler hoje no site UOL uma reportagem que saiu no jornal francês Le Monde sobre um padre mexicano (já falecido) chamado Marcial Maciel, não fiquei nem um pouco espantado ao saber das acusações que pairam sobre a existência desse nobre senhor. Fundador de uma das maiores congregações do mundo - chamada Congregação dos Legionários -, possui mais de 200 escolas e universidades, 2.500 seminaristas e administra mais de US$650 milhões de orçamento anual. Que lindo! Pois o nobilíssimo clérigo é acusado de possuir 5 filhos em 3 países diferentes (3 mexicanos, 1 inglesa e 1 francesa já morta), de ser viciado em morfina e também de plágio.
Bom, se você não entendeu nada, só escrevi tudo isso pois lembrei de um livro que li - e que achei excelente -, chamado "O Diário do Farol", de João Ubaldo Ribeiro.
Nele, o autor relata a vida de um sóciopata que se torna um clérigo e, através dessa sua colocação, faz e desfaz o que quer da vida dos outros com requintes de crueldade e sadismo. Tudo muito parecido com o que o nobre senhor mexicano fez e que o jornal francês recoloca às nossas vistas.
Vale a pena a leitura, mas precisa de ter um pouco de estômago em determinados trechos.








  O livro está disponível nas mais diversas livrarias e por um preço bem rezoável.Em média R$30,00.

Treinos psicológicos

É isso aí! Começou 2010 e eu também começo a escrever o meu blog. O que será, eu não faço a menor ideia! Mas, fazendo da maneira correta, me ajudará demais em diversos pontos da minha vida. Um deles (talvez o principal ponto) é o meu mais novo - e antigo - desafio : o Ironman 2010! Após 30 meses de ter cruzado a linha de chegada lá em Floripa, eu volto a pensar e focar toda minha vida nesse desafio.


A grande diferença agora é que tenho um filho (ele cruzou a linha de chegada na barriga da mãe em 2007) e, por circunstâncias da vida, me separei e sou um pai solteiro! Falo isso, pois, não faço a menor ideia de como farei para treinar nos finais de semana que ele fica comigo. Mas, com toda a certeza do mundo, ele será a minha maior inspiração.
Depois de um final de ano bagunçado, pegando onda, correndo decompromissadamente, pedalando pouco, esta semana inicio meus treinos, e, os principais, serão os treinos psicológicos. Esses treinos são aqueles que, quem já treinou pro Ironman, sabe que faz diferença: mentalizar os treinos longos.Por enquanto, o volume é pequeno e a intensidade também.Mas já estou me preparando mentalmente para o sofrimento que virá em poucas semanas. Vamos ver no que dá!